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quinta-feira, 2 de abril de 2020

ATIVIDADE PARA AS TURMAS DE 2º ANO REGULAR E INTEGRAL - PROFº ALLANTHEVSON E GUILHERME


Atividade para o 2º ano - Educação Física
Professores: Allanthevson / Guilherme

O texto traz a discussão sobre como as mídias têm explorado o físico, e a busca por um corpo considerado ideal socialmente e do padrão de beleza, principalmente relacionado ao corpo feminino e como a autoaceitação pode interferir neste processo.



Autoimagem: Corpo real vs corpo ideal
Cada sociedade cria padrões corporais de acordo com sua cultura, seus valores, costumes e época, dando origem, portanto, aos padrões de beleza, sensualidade, saúde e até mesmo postura. Segundo Daolio (1995, p. 105), “No corpo estão inscritas todas as regras, todas as normas e todos os valores de uma sociedade específica, por ser ele o meio de contato primário do indivíduo com o ambiente que o cerca”. Essa cultura desempenha um papel de extrema importância na comunidade desde seus primórdios, variando de acordo com a demanda da mesma.
A era das mídias sociais trouxe consigo grande influência na maneira nas quais homens e, principalmente mulheres, veem e idealizam seus corpos desde muito jovens, trazendo consigo uma idolatria ao corpo e uma busca de algo perfeito que, muitas vezes, é inexistente ou impossível de ser alcançado, gerando, com isso, grandes índices de distúrbios alimentares, depressões e distorções em relação a autoimagem.
Pode-se observar em cerimônias como o Oscar, que são transmitidas para todo o mundo, como este padrão estético está inserido e abundante na cultura Hollywoodiana, predominante e imitada em todo o mundo: mulheres brancas, magras, com seus cabelos alisados, vestindo roupas de alta costura e homens fortes, com corpos esculpidos por dietas e muita atividade física.
Nesta estética “perfeita”, não se vê a diversidade de corpos e até mesmo etnias, criando-se uma ilusão de que apenas aquele padrão é o “correto” ou que apenas uma pessoa com este padrão poderá ser aceita pela sociedade e por ela mesma. Assim, pode-se fazer uma comparação dos atores de Hollywood com os deuses do Olimpo: se na Grécia Antiga os deuses eram considerados “perfeitos”, como sendo divindades sagradas, os atores de Hollywood não ficam longe disso: São considerados as divindades da moderna sociedade de entretenimento, a nova nobreza de massas.
Assim como os atores, é visível nos filmes a maneira nas quais transmitem as mensagens do que é ser “belo” ou o que é ser “feio”, ambos fazendo alegorias, criando padrões e generalizações muitas vezes distorcidos e errôneos, que depois são repassados para as pessoas que assistem. Porém, estes padrões apresentados podem muitas vezes não condizerem com a realidade, pois ferramentas como o Photoshop estão presentes em suas edições, cartazes e fotografias. A edição se tornou algo tão trivial que as pessoas se espantam ao verem algo que não foi processado. Fotos de celebridades em seu “estado natural”, sem “modificações” são motivos de choque nas redes sociais.
Segundo Marzano (2004), pensar o corpo no contexto social cultural contemporâneo, tem-se que diferenciar o corpo real do ideal, pois o corpo traz marcas e significados impostos e aceitos pela sociedade em que ele está contextualizado.
Corpo ideal e corpo real são conceitos diferentes que definem as características da estrutura física do corpo humano.
A principal diferença entre um corpo ideal e um corpo real está precisamente nos fatores que os definem. O corpo ideal é considerado o “corpo perfeito”, ou seja, tido como o padrão estético idealizado pela sociedade dominante, que dita o que é bonito e feio, assim como o que está na moda, tanto para os homens como para as mulheres.
Já o corpo real, consiste no “corpo natural” das pessoas, ou seja, as diferentes estruturas físicas e estéticas que existem, abrangendo as particularidades e características naturais do corpo de acordo com o ambiente em que este está inserido.
Ao contrário do corpo ideal, que segue uma "receita" que determina estereótipos físicos específicos, o corpo real não tem um padrão básico. Os corpos reais são caracterizados pelas particularidades inerentes de cada estrutura física, seja ela magra, alta, baixa, gorda, loira, morena e etc.
A indústria da moda é uma das principais impositoras da ideia do corpo ideal, conceito que é amplamente difundido através da mídia, principalmente em filmes, programas de televisão e etc.
As pessoas se submetem a diversas alternativas em busca do corpo ideal, desde dietas alimentares até cirurgias plásticas.
Não é de hoje que a “Ditadura da Beleza” existe. Os problemas com a imposição de determinados padrões de beleza sempre existiram.
Isso mostra que a padronização da beleza contribuiu para que as pessoas não se aceitem como são, e não consigam enxergar beleza na imagem que elas veem no espelho.
Isso acontece porque a definição de beleza está tão estabelecida e, ao mesmo tempo, tão longe da realidade de todos, que não é possível encontrar alguém de carne e osso que consiga alcançar todo requisito imposto para atingir um corpo ideal.
Desta forma, melhor que ficar tentando ser igual a outra pessoa é conhecer o seu próprio corpo, saber o que fica bom e o que não fica, saber com o que você se sente bem e aprender a gostar de si, destacando o que há de melhor no jeito único de cada pessoa.


Atividade para o 2º ano - Educação Física
Responda em seu caderno, baseado no texto em seus conhecimentos.
Esta atividade é avaliativa.
1.    De acordo com o texto, como as mídias sociais tem influenciado a sociedade e principalmente as mulheres?
2.    O que é um corpo ideal?
3.    O que é um corpo real?
4.    Os atores de Hollywood podem ser comparados aos deuses do Olimpo. Justifique?
5.    Explique o termo autoimagem.

6.    Quais as principais mídias que tem influência sobre o padrão atual de corpo, e como acontece está influência?



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